Um texto do Osho me despertou uma forte inspiração:
A crença é o caminho do covarde1
O que também entendo como verdade é que a crença, como é utilizada, é um certo tipo de "conforto" para os que não querem encarar o real. Frases como "coloca na mão de Deus", "está escrito", "momento certo", são formas de conformismo. Para que lutar se já está escrito? Deus resolve. Vou continuar sentada aqui, esperando chover moedas de ouro, esperando aparecer um príncipe encantado para mudar a minha vida e fazer com que ela tenha sentido. Vai aparecer, no momento certo, um emprego que irá me pagar muito por um trabalho simples. Serei feliz.
Mas para que responsabilizar fatos ou pessoas pela sua própria felicidade? É a SUA felicidade. VOCÊ é o único responsável por ela. Mantenha o foco, sinta as realizações. Já dizia Dalai Lama - "seja a mudança que quer ver no mundo". Confiar toda a sua sorte em Deus, ou Universo, ou macumba, ou natureza, ou espíritos, ou qualquer outro tipo de manifestação de crenças, é aceitar que você não tem coragem de enfrentar de frente as dificuldades, os desafios, as evoluções.
Claro, eu tenho minhas crenças, já escrevi sobre destino e assuntos correlatos. O espiritismo é minha crença, acredito em carmas, vidas passadas. Mas eu não sinto a necessidade de frequentar centros espíritas para praticar a espiritualidade. Isso eu faço diariamente, seguindo o meu coração. Praticando o bem, mesmo que este ainda não seja compreendido por todos que me rodeiam. Nem todo o bem tem a voz doce e suave e diz amém para tudo. O verdadeiro bem pratica a justiça, a empatia, a compaixão e a humildade.
Não é porque tenho as minhas crenças que me apoio nelas. Minhas crenças são como símbolos, são como histórias com lição de moral no fim. E tudo o que aprendo com minhas leituras e pesquisas, procuro praticar. Mas sou um ser humano com muitos defeitos, tenho muito a aprender com cada pessoa que cruza o meu caminho. E estou com a mente aberta e disposta para todas as vibrações que chegam.
Eu faço uso das minhas crenças para despertar a coragem de continuar, de lutar para o bem comum, de praticar a justiça e, acima de tudo, aprender muito a cada novo dia.
Realize mais e idealize menos. Faça mais e fale menos. O fanatismo te aprisiona, te escraviza, e fecha seus olhos para o que realmente importa: a paz interior e a essência da vida.
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