quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Dois corações, um sentimento

E lá estava eu, com os olhos arregalados, suando frio, não conseguia pensar em nada, só nele. Para mim o mundo tinha parado naquele instante e ao mesmo tempo em que eu estava feliz, sentia medo, ficava confusa. Respirei fundo e fui falar com ele. Tentei parecer calma, pois ele nem podia imaginar meus verdadeiros sentimentos. Ele, como sempre, foi carinhoso e, sem saber, apertava ainda mais o laço de amor que nos envolvia. Andamos lado a lado um bom tempo, até que ele, no meio de uma conversa descontraída, me abraçou com força. E lá estávamos nós, abraçados, eu com o coração acelerado e ele, bom, eu não sei dizer o que aquele simples gesto significava para ele, mas logo ia descobrir!
Em um certo momento ficamos calados. O silêncio foi tanto que pude ouvir o coração dele bater com força, assim como o meu. Fiquei imaginando o que ele estava sentindo... será que sentia o mesmo que eu? Eu não sabia. Tentei entender o porque daquele silêncio que deu asas à minha imaginação. Procurava uma resposta e não encontrava. Até que ele de repente segurou meu rosto e me deu um beijo. Parecia um sonho, eu até tentei acordar, mas não era, era real, com sentimento. Depois do beijo ele olhou em meus olhos e disse que estava apaixonado por mim, que quando me via sentia algo diferente, que ele não conhecia. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu também me declarei. Percebi que ele também queria chorar, mas deixou escorrer apenas uma lágrima escondida. Nosso namoro começou naquele dia, o melhor dia da minha vida. Sinto que encontrei minha alma gêmea. Depois disso, minha vida não foi mais a mesma.

(escrito em 19 de outubro de 2001 ~ devaneio de uma adolescente apaixonada ~ talvez ela ainda exista)

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